quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Metade dos trabalhadores da Caminho pode ser dispensada

ISABEL LUCAS ARQUIVO DN

A casa da Avenida Gago Coutinho terá de estar arrumada até 31 de Agosto. Até lá será assinado o contrato definitivo de compra da Caminho e a nova administração da editora agora adquirida por Paes do Amaral terá decidido o futuro dos actuais funcionários da editora. Cerca de metade deverá ser dispensada, apurou o DN junto de fonte da editora. Classificando o ambiente que se vive na editora como "de cortar à faca", a mesma fonte declarou ainda que os responsáveis pelos direitos dos autores e grande parte do pessoal administrativo deverão ser os primeiros a sair. Essa fatia representará cerca de cinquenta por cento dos cerca de 35 funcionários da editora. "A maior parte das pessoas está cá desde a fundação, há 30 anos. São funcionários com cinquenta anos e temem pelo seu futuro. Onde é que vão arranjar emprego?" Uma interrogação que espera a resposta dos senhores que se seguem na Caminho e que deverão chegar às instalações na próxima semana. Depois, e ao que o DN apurou, receberão os funcionários um a um "primeiro - e até ao fim de Julho - os que forem de férias em Agosto, depois os que regressarem ao trabalho". Zeferino Coelho, até agora responsável máximo da Caminho para a área editorial, declarou nada saber sobre uma possível intenção da futura administração em rescindir contratos. "É prematuro falar em despedimentos", afirmou, chamando a atenção para o contrato promessa de compra e venda, assinado no passado dia 28 de Junho. "A administração actual tentou salvaguardar ao máximo os direitos dos trabalhadores e garantir que, a haver dispensas, fossem reduzidas ao mínimo e que o máximo de pessoas fosse reintegrada no grupo. A haver despedimentos, que sejam feitos no garante do interesse dos trabalhadores", concluiu Zeferino Coelho, que continuará a integrar a equipa da CaminhoO contrato definitivo será assinado até ao fim de Agosto e a partir daí o futuro de quem trabalha na Caminho está nas mãos da administração que vier a tomar posse. A vivenda da Av. Gago Coutinho, bem como a Caminho Divulgação (a outra empresa do grupo Caminho que emprega cerca de 15 pessoas), não fazem parte do negócio, pelo que toda a parte editorial e administrativa será transferida para as instalações da Texto Editora, também recentemente comprada por Paes do Amaral.


http://dn.sapo.pt/2007/07/06/artes/metade_trabalhadores_caminho_pode_di.html

2 comentários:

Anónimo disse...

Gago Coutinho - 121 ! será que desta vez os Sacaduras, perdão! quero eu dizer: os sacadores ganharam!

Anónimo disse...

os sacanas ganham sempre